Descobrir uma saliência na barriga ou na virilha do bebê costuma deixar muitos pais em alerta. Entre as principais dúvidas que surgem está: hérnia em bebê precisa operar?
Essa pergunta é bastante comum e totalmente compreensível, afinal, a saúde e o bem-estar dos pequenos são prioridade para toda família.
Neste artigo, vamos explicar com profundidade os tipos mais comuns de hérnia em bebês, quando elas podem desaparecer sozinhas, quando é necessário operar, além de detalhar como funciona a cirurgia e o pós-operatório. Boa leitura!
O que é hérnia em bebê?
A hérnia é uma protuberância que aparece quando uma parte do intestino ou de outro tecido interno passa por uma abertura na musculatura que não se fechou completamente.
Em bebês, isso ocorre principalmente porque a parede abdominal ainda está em desenvolvimento, o que facilita a formação dessas saliências.
Existem diferentes tipos de hérnia, mas as mais comuns em crianças pequenas são a hérnia umbilical e a hérnia inguinal. Cada uma tem suas características, riscos e formas de tratamento.
Hérnia umbilical: o que os pais devem saber
A hérnia umbilical surge na região do umbigo e é muito frequente em recém-nascidos, especialmente nos primeiros meses de vida. Ela aparece como uma saliência mole que fica mais visível quando o bebê chora, tosse ou faz força.
A causa principal é o não fechamento completo da musculatura ao redor do umbigo após o nascimento. Apesar de chamar atenção, na maioria dos casos, a hérnia umbilical é inofensiva.
Quando a hérnia umbilical precisa operar?
A maioria das hérnias umbilicais se fecha espontaneamente até os 2 a 3 anos de idade, sem necessidade de cirurgia. Durante esse período, o pediatra acompanha o tamanho e a evolução da hérnia em cada consulta.
A indicação cirúrgica ocorre nos seguintes casos:
- Quando a hérnia é muito grande ou não diminui com o tempo;
- Se houver aumento progressivo após o primeiro ano de vida;
- Quando há sinais de complicações, como dor intensa ou alterações na cor da pele.
Por isso, embora os pais possam ficar preocupados, na maioria das vezes, não é necessário operar.
Hérnia inguinal: atenção redobrada
A hérnia inguinal ocorre na região da virilha e é mais comum em meninos, especialmente prematuros.
Diferente da hérnia umbilical, ela apresenta um risco maior de complicações, pois pode permitir que parte do intestino ou outros tecidos entrem no canal inguinal e fiquem presos (o chamado encarceramento).
Quando a hérnia inguinal precisa operar?
Na hérnia inguinal, a cirurgia é quase sempre indicada. O motivo principal é evitar complicações graves, como a estrangulação, que pode comprometer a circulação sanguínea do intestino e exigir intervenção de emergência.
Alguns sinais que indicam urgência médica incluem:
- Saliência dura e dolorosa na virilha;
- Bebê com choro intenso e persistente;
- Vômitos repetidos;
- Pele da região avermelhada ou arroxeada;
- Sensação de mal-estar geral.
Quando identificada precocemente, a cirurgia pode ser agendada com segurança, evitando emergências. Em bebês, o ideal é operar assim que a hérnia for diagnosticada, especialmente em prematuros, pois o risco de encarceramento é maior.
Hérnia femoral e outras menos comuns
Além das hérnias umbilicais e inguinais, existem outros tipos mais raros em bebês, como a hérnia femoral, que aparece um pouco abaixo da virilha. Embora incomum, também pode exigir intervenção cirúrgica precoce devido ao alto risco de complicações.
É importante ressaltar que qualquer saliência nova ou diferente no abdômen ou na virilha do bebê deve ser avaliada pelo pediatra ou cirurgião pediátrico.
Quando a hérnia pode desaparecer sozinha?
A hérnia umbilical é a única que costuma se resolver sem cirurgia. Isso acontece porque, ao longo dos primeiros anos, a musculatura abdominal vai se fortalecendo e fechando a abertura natural.
Já a hérnia inguinal não desaparece sozinha e sempre exige avaliação especializada. Assim, mesmo que o bebê não apresente dor ou desconforto, o tratamento cirúrgico deve ser considerado.
Para os pais, é essencial não tentar “empurrar” a hérnia de volta ou usar faixas improvisadas no umbigo, prática comum em algumas famílias. Esses métodos não têm comprovação médica e podem até trazer complicações.
A cirurgia para hérnia em bebê: como é feita?
Quando indicada, a cirurgia para correção de hérnia em bebê costuma ser um procedimento seguro e rápido.
Hérnia umbilical
O procedimento visa fechar a abertura na musculatura abdominal. Ele é feito com anestesia geral, mas a duração costuma ser curta, cerca de 30 a 60 minutos.
Hérnia inguinal
A correção da hérnia inguinal também é realizada com anestesia geral e envolve o fechamento do canal inguinal para impedir que o intestino ou outros tecidos se desloquem novamente.
Na maioria dos casos, a internação dura apenas 1 ou 2 dias, e o bebê retorna rapidamente às atividades normais.
Pós-operatório: o que esperar?
O pós-operatório em bebês costuma ser tranquilo. Nos primeiros dias, pode haver leve inchaço ou sensibilidade na região operada, mas com o uso de analgésicos indicados pelo médico, o desconforto é controlado.
Algumas orientações importantes incluem:
- Seguir rigorosamente as prescrições médicas;
- Manter a higiene do local da incisão;
- Evitar manipulações excessivas na região;
- Comparecer às consultas de revisão.
A recuperação costuma ser rápida, e em poucos dias o bebê já está bem disposto novamente.
O papel das consultas de rotina
As consultas pediátricas são fundamentais para identificar precocemente qualquer alteração. O pediatra avalia a evolução das hérnias e orienta sobre o momento certo de intervir, caso necessário.
Além disso, acompanhar o crescimento e desenvolvimento geral do bebê ajuda a prevenir complicações e garante maior segurança para a família.
Hérnia em bebê precisa operar?
Conforme vimos neste artigo, não tem uma resposta única. No caso da hérnia umbilical, muitas vezes não é necessário, pois ela pode desaparecer sozinha. Já na hérnia inguinal, a cirurgia geralmente é indicada para evitar complicações sérias.
Por isso, ao notar qualquer saliência na barriga ou virilha do bebê, consulte o pediatra. Somente um profissional poderá avaliar cada caso individualmente e indicar o melhor caminho para garantir a saúde e o conforto do seu filho.
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