PAPANICOLAU
O exame de Papanicolau, popularmente também conhecido unicamente como “exame preventivo”, deve ser realizado todos os anos por mulheres com vida sexual ativa. Basicamente, ele coleta material do interior do colo do útero para ser posteriormente analisado em laboratório. Além de simples e rápido, o exame é capaz de prevenir uma série de enfermidades no aparelho reprodutor feminino.
A seguir, confira quais são as principais doenças detectadas por meio do exame de Papanicolau.
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O exame de Papanicolau tem como principal objetivo a prevenção – e, se for o caso, o acompanhamento e tratamento – de câncer de colo de útero.
Considerando que esse tipo de câncer demora anos para ser desenvolvido, o sucesso no tratamento é garantido. Só para ter uma ideia, quando diagnosticado precocemente, o câncer de colo de útero tem 100% de chance de ser tratado.
Quando a condição começa a avançar, os principais sintomas são: corrimento, sangramento vaginal e dores frequentes (principalmente durante o ato sexual).
O Papanicolau também auxilia na detecção de lesões anteriores ao desenvolvimento do câncer de colo de útero, que podem ser totalmente assintomáticas.
Infecções vaginais, como é o caso de tricomoníase, gardnerella vaginalis e candidíase também podem ser diagnosticadas por meio do exame de Papanicolau.
Destas infecções, a mais comum é a candidíase. Ela é causada por um fungo, o ‘candida albicans’ e tem como principais sintomas: vermelhidão, coceira frequente e dor na região vaginal; dor durante a relação sexual e corrimento branco.
DSTs (doenças sexualmente transmissíveis) em geral, como é o caso de gonorreia, sífilis, clamídia, condilomatose, cancroide e outras também podem ser diagnosticadas por meio do exame de Papanicolau.
Isso se dá uma vez que, para realizar o exame, o médico ginecologista deve efetuar também o exame genital, analisando a região. Desta forma, secreção de pus, inchaço, lesões, verrugas e outros sintomas físicos de DSTs podem ser identificados pelo especialista.
O exame de Papanicolau deve ser realizado por todas as mulheres que já tenham tido relações sexuais ao longo da vida. Mulheres na faixa etária de 25 a 64 anos devem submeter-se ao exame uma vez por ano, já que ele representa o principal parâmetro para o rastreamento de câncer de colo de útero (de acordo com o INCA – Instituto Nacional do Câncer).
Mulheres que apresentarem resultados sem anormalidades durante três anos seguidos podem realizar o preventivo com menor frequência, ou melhor, uma vez a cada 3 anos.
O HPV, vírus causador da doença, só pode ser transmitido para a mulher por meio de relações sexuais. Vale aqui destacar que a convivência com o vírus não representa, necessariamente, o diagnóstico de câncer. Algumas mulheres convivem com ele durante toda a vida sem que ele cause o desenvolvimento anormal de células uterinas.
Porém, as mulheres que tenham o vírus HPV no organismo devem realizar o exame de Papanicolau com maior frequência – geralmente, de seis em seis meses.