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Doenças que aumentam com o calor e principais formas de se proteger

Com a chegada das altas temperaturas, o corpo humano precisa se adaptar a uma nova rotina de cuidados.

O calor intenso, típico dos meses de primavera e verão, não afeta apenas o conforto e a disposição: ele altera o funcionamento do organismo e favorece a disseminação de diversas doenças.

A exposição prolongada ao sol, a desidratação e o aumento da umidade do ar criam um ambiente propício para viroses, alergias, doenças cardiovasculares e infecções de pele.

Por isso, entender como o calor interfere na saúde é essencial para adotar medidas preventivas eficazes.

1. Por que o calor afeta tanto o corpo humano

O organismo trabalha constantemente para manter a temperatura corporal próxima de 36,5 °C. Em dias muito quentes, esse equilíbrio é mais difícil de alcançar, especialmente quando há exposição solar direta, prática intensa de atividade física ou ambientes mal ventilados.

Quando a temperatura externa sobe, o corpo reage com vasodilatação — os vasos sanguíneos se expandem para dissipar o calor — e aumento da transpiração, o que pode levar à perda de líquidos e sais minerais.

Se não houver reposição adequada, surgem sintomas como cansaço, tontura, queda de pressão e, em casos mais graves, desmaios e desidratação severa.

Além disso, o calor intenso altera a composição do ar, aumenta a concentração de poluentes e favorece a proliferação de vírus, fungos e bactérias — principais agentes causadores de doenças sazonais.

2. Viroses e doenças respiratórias: o efeito da umidade e da aglomeração

Embora o frio costume ser associado às gripes e resfriados, o calor também é terreno fértil para viroses respiratórias e gastrointestinais.

Em períodos quentes e úmidos, é comum o aumento de vírus como adenovírus, rotavírus e enterovírus, que causam sintomas como febre, dor no corpo, diarreia, náuseas e mal-estar.

Além disso, o consumo de alimentos fora de casa — especialmente em praias, feiras e locais sem refrigeração adequada — eleva o risco de infecções alimentares.

A combinação de altas temperaturas e ambientes fechados com ar-condicionado também contribui para irritações nas vias respiratórias, sinusites, crises alérgicas e laringites.

O ar seco ou refrigerado reduz a umidade das mucosas, deixando o sistema respiratório mais vulnerável a agentes infecciosos.

Como se proteger:

  • Aumente a ingestão de água e alimentos ricos em líquidos, como frutas e verduras frescas;
  • Evite o consumo de alimentos expostos ao sol ou mal refrigerados;
  • Mantenha a limpeza de ventiladores e filtros de ar-condicionado;
  • Lave as mãos com frequência e evite o compartilhamento de copos e talheres.

3. Alergias e doenças de pele: o impacto da transpiração e do sol

A pele é um dos órgãos mais afetados pelo aumento da temperatura. A transpiração excessiva e o uso de roupas sintéticas favorecem a irritação e a obstrução dos poros, provocando brotoejas, micoses, dermatites e foliculites.

Além disso, a exposição solar sem proteção adequada pode causar queimaduras, manchas e envelhecimento precoce, além de aumentar o risco de câncer de pele — o tipo de câncer mais comum no Brasil, segundo o Instituto Nacional de Câncer (INCA).

Outro ponto crítico é a intensificação das alergias respiratórias. O aumento da umidade e o acúmulo de ácaros e fungos em ambientes abafados desencadeiam crises de rinite e asma, especialmente em crianças e idosos.

Como se proteger:

  • Use protetor solar todos os dias, mesmo em dias nublados;
  • Prefira roupas leves e de algodão, que permitem a ventilação da pele;
  • Troque de roupa após suar e mantenha a pele seca;
  • Ventile a casa e lave roupas de cama com frequência para evitar fungos e ácaros;
  • Em casos de manchas, coceiras ou descamação, procure um dermatologista.

4. Doenças cardiovasculares e desidratação: o calor como fator de risco

As doenças cardíacas também merecem atenção especial durante o calor. A dilatação dos vasos sanguíneos para dissipar o calor pode causar queda de pressão arterial e sobrecarga cardíaca, especialmente em idosos e pessoas com histórico de hipertensão ou insuficiência cardíaca.

O aumento da temperatura eleva a frequência cardíaca e exige mais esforço do coração para manter o fluxo sanguíneo. Quando há desidratação, o sangue fica mais espesso, dificultando a circulação e aumentando o risco de tromboses e arritmias.

Como se proteger:

  • Hidrate-se constantemente, mesmo sem sentir sede;
  • Evite exposição ao sol entre 10h e 16h;
  • Reduza o consumo de álcool e cafeína, que favorecem a perda de líquidos;
  • Mantenha os medicamentos de uso contínuo e siga as orientações médicas;
  • Procure atendimento médico se sentir palpitações, tonturas ou fraqueza.

5. Cuidados especiais com crianças e idosos

Crianças e idosos são os grupos mais vulneráveis ao calor. O corpo infantil ainda está em desenvolvimento e tem maior dificuldade em regular a temperatura; já os idosos apresentam menor capacidade de transpiração e podem não perceber os sinais de desidratação.

Ambos requerem atenção redobrada quanto à hidratação, alimentação leve e proteção solar. O uso de roupas adequadas e a permanência em locais ventilados ajudam a evitar problemas como hipertermia, desmaios e infecções.

Em casos de febre persistente, sonolência excessiva, confusão mental ou vômitos repetidos, a orientação é procurar imediatamente atendimento médico.

6. Como manter a saúde em dia durante o calor

A prevenção continua sendo a melhor forma de evitar complicações. Algumas atitudes simples fazem grande diferença:

  • Beba água regularmente: o ideal é cerca de 2 litros por dia, ajustando conforme o nível de atividade física e temperatura;
  • Evite mudanças bruscas de temperatura: sair de ambientes com ar-condicionado direto para o sol pode causar queda de pressão e mal-estar;
  • Reforce a higiene alimentar: conserve alimentos refrigerados e evite produtos de procedência duvidosa;
  • Cuide da pele: use protetor solar com FPS 30 ou mais e reaplique a cada 2 horas;
  • Atenção aos sinais do corpo: cansaço extremo, dores de cabeça e tontura podem indicar desidratação ou insolação.

7. Quando procurar um médico

Nem todo desconforto causado pelo calor é simples. Quando há febre alta, vômitos, desmaios, batimentos acelerados ou falta de ar, é essencial buscar avaliação médica.

O atendimento precoce permite identificar rapidamente infecções, desequilíbrios metabólicos e alterações cardiovasculares, evitando complicações graves.

Os Centros Médicos Hospitalis contam com estrutura completa para consultas, exames laboratoriais e diagnóstico por imagem, oferecendo agilidade e segurança em todas as etapas do cuidado.

No Hospitalis, o cuidado acontece o ano inteiro com atenção, segurança e qualidade.

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